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2 - Tudo que você puder
Ser roteirista é mais do que apenas escrever. Ser roteirista é também um estado de espírito.
Muita gente acha que é roteirista quando senta ao computador e digita as primeiras linhas de uma cena. Mas o verdadeiro roteirista é roteirista em tempo integra. Digamos quase 24 horas por dia.
Ao seu lado ou na sua frente pode estar acontecendo algo que será o tema do seu próximo roteiro. Ou até o próprio roteiro.
Afinal qual é a matéria-prima do roteiro? A vida, a imaginação, a observação e a formatação artística de tudo isso temperada com o seu talento.
Talento: apenas uma palavra com tantos significados. Muitos tem talento, poucos o usam. Muitos tem talento, poucos o desenvolvem.
Então você precisa ter e usar o seu talento. Sempre.
Estar sempre atento a realidade, às pessoas e situações a sua volta, a si mesmo. Um roteirista, para ser original, precisa ter uma maneira original de ver a vida, de entender pessoas, fatos e situações.
Veja, leia, analise tudo que você puder. Esteja atento. Suas observações vão enriquecer suas personagens, histórias e ações.
Aquela pessoa que você tanto odeia pode ser a vilão do seu próximo roteiro. (Pior pra ela: teve o que merecia... rss). Aquela situação vexatória que você acabou de vivenciar pode ser a cena cômica de um roteiro.
Seja roteirista o tempo todo. Especialmente quando estiver trabalhando num novo roteiro. Daí você precisa ser roteirista 36 horas por dia.
Eu costumo ficar vidrado no que estou escrevendo. Enquanto escrevo um roteiro normalmente não penso em mais nenhuma história: toda a minha energia e pensamento estão voltados para aquele roteiro.
Vá ao cinema, alugue todos os DVDs que puder. Assista todos os making offs dos DVDs (eu disse todos).
Analise todos os filmes que você ver. Por que você gostou ou não gostou? O que fez com que você odiasse tal personagem ou se importasse com tal?
Como a história flui? É lenta? Rápida? Acontece numa velocidade vertiginosa desde o começo ou demora para acontecer? Tem barrigas (aquelas partes que o filme parece parar e nos dá sono)?
Os filmes ruins podem nos ensinar tanto quanto os filmes bons. Com os bons você aprende o que fazer; com os ruins você aprende o que não deve fazer nunca.
Assista, veja tudo que puder, mais de uma vez. E analise. Esse tipo de análise é ainda mais produtivo quando você encontra uma pessoa ou um grupo de interessados em debater o filme com você. Se você conhece outros roteiristas - ou aspirantes a roteiristas - aproveite e faça um grupo de estudos de roteiros com eles. Juntem-se, assistam ao filme e depois debatam. Você vai ver que será muito útil.
Sabe aqueles filmes que você adora? Os seus preferidos? Assista muitas vezes. Muitas. Até que você consiga não mais se envolver com o filme, não ver mais a história em si mas sim a técnica, o que o levou a escolher aquele filme como seu preferido.
No fim muitos roteiristas escrevem (e até se especializam) no gênero de filmes que gostam de ver. Por isso defina: quais são seus gêneros preferidos? Comédia? Drama? Aventura? Suspense?
Quanto mais você conhecer do mundo, das pessoas, da sétima arte e de você mesmo mais material terá para seus roteiros.
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